Reflexões da Redação

Sobre o bem e o mal

Estamos repetindo essa reflexão em virtude dos últimos acontecimentos. Nem sempre é possível confiar no que se publica nas redes sociais. Porém, há casos tão marcantes que nos fazem ir atrás, na tentativa de encontrar o autor antes de dar a credibilidade que merece, especialmente em momentos de turbulência política. Neste contexto, lembra-se do filósofo britânico do século 19, Benjamin D’Israeli, que disse que uma sociedade só tem chance quando os homens de bem tiverem a mesma audácia dos corruptos. Baseada nisso, em vídeo amplamente conhecido, a professora Lúcia Helena Galvão - da escola de Filosofia Nova Acrópole - pergunta: onde as pessoas têm mais chance de serem atendidas mais rapidamente e com eficiência? Por uma pessoa que está vendendo droga ou por alguém que está atendendo no serviço público? E ela própria responde: eficiência é virtude que faz com que as pessoas e os negócios cresçam; é fácil perceber que se está enfraquecendo, cada vez mais, o bem, e fortalecendo o mal, os moralmente debilitados e os corruptos. [clique no título para ler a íntegra]

Transporte trem

Infraestrutura não pode ser bicho de sete cabeças

Não é de hoje que se fala da retomada da malha ferroviária de média distância para transporte de passageiros, especialmente entre cidades próximas da região metropolitana de São Paulo. A ideia, apresentada no início do ano pelo atual governador do Estado, deverá vir através de Parceria-Público-Privada, seguida de concessão, com a participação de investidores estrangeiros, visando utilizar os trilhos já existentes. Obras como essa, que exigem grande folego, deveriam servir de incentivo para outras regiões do país, pois representam melhoria para a combalida infraestrutura brasileira de transporte de passageiros e também de carga. Para a Abdib, os investimentos em infraestrutura geram emprego, massa salarial, atividade econômica, arrecadação tributária, entre outros benefícios. Neste contexto, empresários e especialistas em transporte dizem que um país que despreza a infraestrutura está fadado a travar suas possibilidades de crescimento e torcem para que ela não seja, mais uma vez, abandonada à sorte. [clique no título para ler a íntegra]

Ignorância imagem

“A ingnorância é que astravanca o pogressio”

No momento em que as coisas no país andam estranhas, repetimos aqui uma reflexão sobre a ignorância. Vamos lá: caminhando pelas redondezas, notamos um antigo salão em reforma e perguntamos o que seria ali. Os trabalhadores disseram que seria um bingo: “bingo é proibido em outros países; aqui pode funcionar”. O episódio nos remeteu ao bordão “a ingnorância é que astravanca o pogressio”, popularizada por Odorico Paraguaçú ou por Bertoldo Brecha. Neste contexto, o professor Paulo Ghiraldelli diz que é urgente impedir semicultos de propagar bobagens. Ele cita a filósofa Hannah Arendt que dizia que os semicultos “falam pelos cotovelos e conquistam os ignorantes para a adesão da informação errada”, o que corrobora a preocupação com parte da população que, pouco interessada em informações confiáveis, fala o que lhe vem à cabeça. A ausência de um Estado preocupado com seus cidadãos acaba gerando ignorantes que não percebem que a situação atinge toda sociedade e chega às empresas, à economia e à política. [clique no título para ler a íntegra]

A continuar o bate-boca, o Brasil não sai do lugar

As ‘cabeçadas’ no governo continuam e a cada dia pioram, com manifestações que se sucedem nesta fase de discussões sobre as importantes reformas para o país. A todo momento surgem declarações (exs: Embaixada dos Estados Unidos; Inpe; Ancine) que só servem para confundir as pessoas e o mercado, e que provocam agitações desnecessárias, que prejudicam o andamento dos debates, somente arrefecidas com desmentidos e mudanças de ideia. Para evitar constrangimentos, uma solução que pode funcionar é a divulgação de informações, única e exclusivamente, após um amplo debate e consenso entre os especialistas e ministros, para que não haja necessidade de sair correndo para desfazer o ‘ato falho’. Neste contexto, chega de balões de ensaio que só servem para tumultuar o processo de arrumação do Brasil. Se o governo prosseguir com atitudes que se aproximam do amadorismo, o país continuará na mesma velha toada, sem perspectivas de retomar o crescimento. [clique no título para ler a íntegra]

Previdência: não dá mais para empurrar com a barriga

No momento em que os políticos brasileiros se preparam para votar a reforma da Previdência, lembramos neste espaço uma reflexão produzida há cerca de dois anos e que tem sido buscada por um grande número de leitores. Com informações atualizadas, pretendemos mostrar aos senhores políticos que precisamos urgentemente promover as reformas de que a população tanto precisa. Uma recente projeção demográfica realizada pelo IBGE indica que, daqui 28 anos, a população brasileira vai atingir seu limite máximo, estimado em 233 milhões. A partir daí, deverá parar de crescer e os idosos - com 65 anos ou mais - representarão 22,2% da população total, quase o dobro de hoje. Ou seja, além de estar crescendo menos, os brasileiros estão envelhecendo. De outra parte, é possível concluir que o potencial da força de trabalho começará a reduzir, caindo, também, a contribuição previdenciária. Portanto, se nada for feito agora, como ficará o rombo daqui a 10, 20, 30 anos? O atual texto da reforma pode não agradar a todos, porém tem que ser discutido e ajustado sem cores e partidarismos. Ou seja, não dá mais para empurrar com a barriga. [clique no título para ler a íntegra]

Finalmente, sai o acordo Mercosul e União Europeia

Num momento em que a Argentina enfrenta uma crise econômica sem precedentes e o Brasil, de governo novo, tenta se recuperar da recessão que já dura alguns anos, o Mercosul e a União Europeia anunciaram um acordo de livre comércio entre os dois blocos. Após duas décadas de negociações, o pacto já está sendo considerado por especialistas um marco histórico. Para o governo brasileiro, este é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado, destacando marcos regulatórios, tarifas alfandegárias, regras sanitárias, propriedade intelectual e compras públicas. Segundo a CNI, o pacto abrirá o mercado europeu para alguns setores da indústria, aumentando a competitividade do segmento têxtil, químico, madeireiro, aeronáutico e de autopeças. Também serão beneficiados os produtos do segmento agrícola, como suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais, açúcar, etanol, arroz, ovos, mel e carnes bovina, suína e de aves. Apesar das dificuldades enfrentadas neste momento pelo Brasil e pela Argentina, há que se confiar que, com o acordo apresentado, o Mercosul possa se reabilitar e se tornar um bloco econômico de verdade. [clique no título para ler a íntegra]