Análise Econômica, Política & Social
28 DE fevereiro DE 2019 - 16:46

Cresce o financiamento para energia solar fotovoltaica

O crescimento da oferta de linhas financiamento para a geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil tem ampliado o uso desta tecnologia em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos em todas as regiões do país.

Recente mapeamento realizado pela Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – em parceria com a CELA (Clean Energy Latin America), o Brasil conta atualmente com cerca de 70 linhas de financiamento para projetos de geração distribuída solar fotovoltaica.

Dentre as diversas instituições financeiras, destacam-se bancos públicos, como o Banco da Amazônia (BASA), o Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste (BNB), bem como instituições privadas como Bradesco, BV Financeira, Santander e SICOOB, que já possuem linhas específicas para o setor.

Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, “o investimento em energia solar fotovoltaica tem uma motivação muito mais econômico-financeira do que exclusivamente ambiental. A tecnologia proporciona uma ótima redução de gastos e, ao mesmo tempo, traz economia de dinheiro, contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e de qualidade”.

Para Rodrigo Sauaia, CEO da entidade, a ampliação da oferta de crédito e a crescente atratividade da geração distribuída solar fotovoltaica são fundamentais para democratizar o acesso à tecnologia aos consumidores públicos e privados. “Com a geração distribuída solar fotovoltaica, os brasileiros ganham mais liberdade, poder de escolha e controle na gestão da sua demanda e conta de energia elétrica”, afirma Sauaia.

Ele esclarece que, com linhas de financiamento favoráveis, mesmo quem não tem recursos próprios disponíveis pode se tornar um gerador de energia renovável na sua casa ou empresa. O investimento em um sistema fotovoltaico é recuperado em poucos anos e a vida útil do sistema é de mais de 25 anos.

Camila Ramos, diretora-geral da consultoria CELA e coordenadora do trabalho de mapeamento das linhas de crédito, lembra que a disponibilidade e a competitividade das linhas de financiamento para energia solar fotovoltaica no Brasil aumentaram significativamente em 2018. “Esta tendência é global e deve continuar ao longo dos próximos anos”, ressalta.

Para 2019, a Absolar projeta um crescimento do mercado de geração distribuída solar fotovoltaica de mais de 97% frente ao total adicionado em 2018, com a entrada em operação de 628,5 MW, totalizando 1.130,4 MW acumulados até o final do período.

Com este avanço, a participação do segmento no mercado solar fotovoltaico brasileiro subirá de 21,9% até 2018 para 34,2% até o final de 2019, demonstrando a relevância cada vez maior deste segmento no setor. A previsão neste ano é de uma movimentação financeira de mais de R$ 3 bilhões ao redor do País.

Em janeiro último, o Brasil atingiu a marca histórica de 500 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos.

Segundo mapeamento da Absolar, a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,5% das instalações do país.

O Brasil possui cerca de 55 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 60.090 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões.

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